sexta-feira, janeiro 25, 2013

É um sinal dos tempos....


é sim senhor.
É um sinal dos tempos, ou dos tempos no meu país, um jornal de noticias nacional que abre com anúncio de reportagem sobre o final de uma telenovela.
Não vi a "Gabriela", por isso não me vou amandar aos bitaites, mas... decoro senhores.
Seria necessário algum decoro.
É que sou mãe orgulhosa de duas crianças de 10 e 8 anos, que ainda acreditam no Pai Natal ( e não, não são nenhuns morcões, mas eu quero prolongar a infância delas enquanto me for possível), e francamente, haver um programa (que até desconheço o nome - tem aquele actor que se chama Ricardo e uma senhora que se chama Sofia) a mostrar o top 10 das imagens da Gabriela cerca das 3 da tarde, sendo que a maioria ou algumas, ou bastantes, eram do corpo da senhora ou desta em cenas eróticas com outro gajo qualquer,...sinceramente, menos... e depois algumas dessas imagens aparecerem em reportagem do jornal nacional às 8 da noite, acho que não era necessário.
E porque este post está a ser escrito em dias diferentes, hoje li no JN que a referida telenovela é dos programas mais vistos pela criançada. 
WHAT??????????????????
De facto eu devo ser uma cavalgadura, porque selecciono muito o que os meus filhos podem ou não ver na TV. 
Ainda há pouco tempo deixaram de ver apenas o Panda, e até gostam do Panda Biggs, em concreto, de determinadas séries mais juvenis e que já não são tipicamente os "bonequinhos", e tenho que lidar com isso.
Têm que crescer, eu sei!
Mas vamos ter calminha, vamos lá prolongar a infância até onde for possível, até porque saltar dos desenhos animados do Panda, para as cenas eróticas da Gabriela, não sei, parece-me demasiado.
Acho que não só não há necessidade, como para além disso têm tempo e cada coisa a seu tempo.
Antes que alguém venha mandar algum bitaite do tipo "isso é fácil para quem tem muitas televisões e pode estar a ver a telenovela no quarto e os miudos a ver o panda na sala", aviso já que aqui em casa há uma televisão e está na sala, por isso tem horários. E já agora eu também não vejo telenovelas,mas não tenho nada contra.   

sexta-feira, janeiro 18, 2013

A quantidade de palavras

é em mim inversamente proporcional à quantidade de amor e de dor. E por isso nada escrevo, ainda me dói a cara dos tabefes que levei, ainda estou aninhada no chão, agarrada à barriga que levou um valente soco.

quinta-feira, janeiro 17, 2013

Sonhar com sede

Quem já leu o que por aqui se escreve, já se apercebeu que a normalidade não mora aqui.
Sou esquisita, estranha em muitas e diversas formas, sobretudo de ser e de pensar.
Mas, desengane-se quem achou que a estranheza ficaria pelo ser ou pensar.Vou mais longe.
Eu sonho coisas estranhas. Não estranhas no sentido de esotéricas, mas estranhas apenas.
Na outra noite sonhei que tinha uma sede insaciável, e só queria beber água e jarros de água, e comia gelo, e queria mais água.... passei o sonho aflita com sede. E tão aflita que me levantei e fui ao frigorífico beber água gelada.
Hoje decidi procurar o que significa este sonho.
 Claro que as fontes são todas muitíssimo fidedignas (só não me saiu o professor Karamba porque não calhou) mas basicamente significa problemas sentimentais (a sério?!?!?) e que alcançarei o que julgo ser impossível. 
Basicamente caguei na parte dos problemas e fiquei feliz pela outra explicação.
Se me sair o Euromilhões eu prometo que aviso.

terça-feira, janeiro 15, 2013

After A While You Learn…


After some time you learn the difference,
The subtle difference between holding a hand and chaining a soul.
And you learn that love doesn’t mean leaning,
And company doesn’t always mean security. 
And you begin to learn that kisses aren’t contracts,
And presents aren’t promises.
And you begin to accept your defeats,
With your head up and your eyes ahead,
With the grace of a woman, not the grief of a child.
And you learn to build all your roads on today,
Because tomorrow’s ground is too uncertain for plans, 

And futures have a way of falling down in mid-flight.
After a while you learn,
That even the sun burns if you get too much,
And learn that it doesn’t matter how much you do care about,
Some people simply don’t care at all.
And you accept that it doesn’t matter how good a person is,
She will hurt you once in a while,
And you need to forgive her for that. 

You learn that talking can relieve emotional pain.
You discover that it takes several years to build a relationship based on confidence,
And just a few seconds to destroy it. 

And that you can do something just in an instant,
And which you will regret for the rest of your life.
You learn that the true friendships,
Continue to grow even from miles away.
And that what matters isn’t what you have in your life,
But who you have in your life.
And that good friends are the family,
Which allows us to choose.
You learn that we don’t have to switch our friends,
If we understand that friends can also change.
You realize that you are your best friend,
And that you can do do anything, or nothing,
And have good moments together.
You discover that the people who you most care about in your life,
Are taken from you so quickly,
So we must always leave the people who we care about with lovely words,
It may be the last time we see them.
You learn that the circumstances and the environment have influence upon us,
But we are responsible for ourselves.
You start to learn that you should not compare yourself with others,
But with the best you can be.
You discover that it takes a long time to become the person you wish to be,
And that the time is short.
You learn that it doesn’t matter where you have reached,
But where you are going to.
But if you don’t know where you are going to,
Anywhere will do.
You learn that either you control your acts,
Or they shall control you.
And that to be flexible doesn’t mean to be weak or not to have personality,
Because it doesn’t matter how delicate and fragile the situation is,
There are always two sides.
You learn that heroes are those who did what was necessary to be done,
Facing the consequences.
You learn that patience demands a lot of practice. 

You discover that sometimes,
The person who you most expect to be kicked by when you fall,
Is one of the few who will help you to stand up.
You learn that maturity has more to do with the kinds of experiences you had
And what you have learned from them,
Than how many birthdays you have celebrated.
You learn that there are more from your parents inside you than you thought.
You learn that we shall never tell a child that dreams are silly,
Very few things are so humiliating, 
And it would be a tragedy if she believed in it.
You learn that when you are angry,
You have the right to be angry,
But this doesn’t give you the right to be cruel. 

You discover that only because someone doesn’t love you the way you would like her to,
It doesn’t mean that this person doesn’t love you the most she can,
Because there are people who love us,
But just don’t know how to show or live that.
You learn that sometimes it isn’t enough being forgiven by someone,
Sometimes you have to learn how to forgive yourself. 
You learn that with the same harshness you judge,
Some day you will be condemned.
You learn that it doesn’t matter in how many pieces your heart has been broken,
The world doesn’t stop for you to fix it. 

You learn that time isn’t something you can turn back,
Therefore you must plant your own garden and decorate your own soul,
Instead of waiting for someone to bring you flowers.
And you learn that you really can endure.
You really are strong.
And you can go so farther than you thought you could go.
And that life really has a value.
And you have value within the life.
And that our gifts are betrayers,
And make us lose
The good we could conquer,
If it wasn’t for the fear of trying.



Um dia eu vou aprender....

segunda-feira, janeiro 14, 2013

Looking back

e já são quase 36 que em termos de vivência (não de aspecto, vá lá) devem corresponder a sessenta e tal, acho que ainda não aprendi.
Ainda não aprendi a ser fácil, a ser enganadora, a ser dissimulada. Isso ainda não aprendi.
Já aprendi muito, e já levei muito na tabuleta, mas sempre porque me mantive honesta, séria.
Não me considero amarga e nem sequer mal disposta, mas tenho limites, tenho fronteiras, e uma fronteira que é um muro electrificado de arame farpado e que corresponde ao respeito por mim e pelos outros.
Se já apanhei algum choque ou já me piquei? Claro que sim. Claro que já fiz coisas das quais não me orgulho, e com tais erros aprendi a peremptoriedade desses limites, porque quando os violei senti-me o pior dos seres, senti vergonha. Portei-me mal sobretudo comigo, mas não magoei ninguém. 
Bebi demais. Às vezes acontece.
Não te desrespeito, não traio, não tenho "ses".
Para mim não há o "se eu não namorasse".
Afinal o que é esse namoro? Uma prisão? A fileira que não podes trespassar?
Sempre defendi a adesão intrínseca à norma (legal, moral ou social), pelo respeito porque é o certo.
Como alguém escreveu, quero que os meus filhos adiram e façam o bem, por amor ao bem, e não por quererem ir para o céu ou temerem o inferno.
Eu tento fazer o que está certo, apenas porque acho que é o certo, sem querer prémios, sem medo das penalizações. 
Mas... e isto eu já devia ter aprendido ... ninguém é como eu.
E porque ninguém é como eu, ninguém percebe este modo de pensar e de ser.
Eu percebo a maneira de ser dos outros, a tua.maneira.
Eu percebo os engates dissimulados, a forma de se sentirem importantes com vãs palavras, o prazer imediato, as massagens de ego.
Percebo tudo. Mas não sou assim e não pretendo ser.
Por isso, " se não namorasses", tens bom remédio, não namores. Sê honesto contigo.
Eu sou comigo e não saberia ser de outra maneira, com todas as limitações, as regras, mas são as minhas, aquelas em que acredito, as que eu aplico a mim. 
Posso ser magoada, desiludida, podem-me mentir e enganar, mas contínuo a acreditar na honestidade, e claro " é mais feliz quem mais ama", e não precisa de "ses".

domingo, janeiro 13, 2013

Tuga

Esta é a minha praia, a minha casa, o meu lugar.
E ultimamente  sinto-me muito "Tuga". 
Demasiadamente preocupada com a minha vidinha, as minhas mesquinhas preocupações. 
Agradeço a quem me lê, mas nada de realmente valioso e digno se tem escrito por aqui.
O meu país continua em rota de colisão com as suas pessoas, e por muito que se critique, se escreva, se debata, nada parece retirar o meu país dessa rota de colisão. A Troika, os relatórios da troika, as avaliações da troika, os impostos, a austeridade....
E as pessoas???? 
Delas ninguém fala. nenhum politico ou economista ou representante da troika, com cabal poder de decisão se parece importar.
O importante são os mercados (esses que vivem da especulação e da ausência da produção), a banca ( que mesmo quando faz merda em cima de merda os governos e a banca internacional se preocupam em proteger) os especuladores estrangeiros, as agências de rating, e falando "portuguêsmente" o cara**** que os fod*****. São as estatísticas e os números, os ratings, o valor das taxas de juro para o endividamento nos mercados, os orçamentos com mais operações de cosmética que a Ivana Trump. E as pessoas?
Sim, onde estão as pessoas? As minhas pessoas?
Em lado nenhum.
Não contam para merda de estatística nenhuma.
Onde estão as crianças a quem devia ser dada educação cívica adequada para eliminar o chico-espertismo geracional, e que chegam à escola sem pequeno almoço e chegam a uma escola longiqua e sem programas direccionados a uma aprendizagem consolidada?
Onde estão os pais que trabalham de sol a sol e ficam sem tempo para educar os seus filhos porque quando chegam a casa é só tempo de os deitar, sem direito a história  (sim, porque a dose de realidade diária já não permite a leitura de qualquer história com final feliz, a realidade diz que o final nunca é feliz)?
E os jovens? (quanto a esses tenho mixed feelings entre a oportunidade que não têm e aquela que não procuram, porque de tanto teclarem no tlm, se esqueceram da história, da cultura, da educação que podiam procurar, dos livros que deviam ler, das vozes que deviam escutar - não serve para todos como é evidente.)
Mas eu, eu sou como todos ou um pouquinho como todos, e não devia. Não está certo.
Esquizofrenia reconhecida portantos.... no próximo post esclarecerei melhor.

segunda-feira, janeiro 07, 2013

"If i only i could have you just the way i want you"


"I´m just a fool playing mister cool"
" Remember whem i asked you, if you would be my one true?"

2012/2013


E o Natal foi como se esperava. Sem prendas que não há dinheiro, e deixem para lá as cenas espirituais "ai e tal que o importante é estarmos juntos" que isso é uma meia verdade. É importante a família reunida, mas sabe bem poder praticar as extravagâncias das festas, e quando não se podem praticar, fica um sentimento de miserabilidade, de falta. 
Tudo isto para dizer que o Natal foi basicamente uma merda.
O período entre o Natal e a Passagem de Ano foi, vá lá, giro! Fomos à Serra da Estrela (viagem patrocinada pelo C.). Neve, quedas no gelo, paisagem sublime, bolas atiradas e bolas sofridas, pantufas, trenó, risos e divertimento.
Não exageremos no divertimento que sou gaja para me sentir menos divertida quando me deparo com mais mentirazinhas e merdices.
Passagem de ano normal. sem grandes expectativas, sem wish list.
Basicamente um final e inicio merdosos (excepção à Serra da Estrela), para na realidade concluir que merdosa sou eu.