terça-feira, fevereiro 28, 2012

Do que me encanta

Sim, já sou uma rapariga, nos 35! Parabéns a mim!!!!
E assim, vou começar pelo balanço do que me encanta.
Os meus filhos. Os meus dois princípes, com as suas gargalhadas, bulhas, perguntas, brincadeiras, correrias e beijos, muitos beijos.
O J. que tem uma doçura sem fim (só equiparável à sua mania de que a sua vontade tem de prevalecer), o olhar mais ternurento do mundo e um xi coração tão apertado e tão reconfortante como não há igual. Diz sempre "és a minha princesa"
O M. que é perspicaz, curioso, brincalhão e meigo, à sua maneira, que dá beijinhos como se fosse um passarinho e gosta de dizer "Mamã eu amo-te", e ultimamente, "não é possivel gostar mais de alguém do que eu gosto de ti".
O meu trabalho. Que às vezes me desespera, que me faz sentir o enorme peso da responsabilidade, que me afasta dos que amo, que me tira o tempo e me faz esquecer de comer e das horas, mas que eu não trocaria por nenhum outro. O trabalho que eu sempre disse que é apenas o que eu faço e rapidamente se tornou em parte do que eu sou.
A minha casa, porque é o meu lar, o local onde (pudera eu) passaria dias sem fim, sem nunca precisar sair.
A minha família, que mais parece saída do "Brothers e Sisters", mas que se fosse de outro modo, não a sentiria como sinto.
O C. porque me lê como ninguém, sabe sempre os meus silêncios, e as minhas discussões. Sabe muito de mim, sabe o que sinto por ele, e não preciso dizer nada. O C. que me irrita tanto, sobretudo porque às vezes tem razão, porque sabe o que eu não digo, e o que não queria que ele soubesse, que ninguém soubesse.
E como embrulho de tudo o que me encanta, dias de sol e calor (porque no dia em que nasci, apesar de ser Fevereiro estava muito calor), o gato que fez do meu jardim o seu domicílio (e eu não gosto de gatos), as camélias do meu jardim, o melro que por aqui também passeia, a minha praia na minha terra, tudo e sempre ao som da Bossa Nova. 
E claro, ter chegado aos 35, boa de saúdinha (mais física que mental) e relativamente sã, que sem um pouco de loucura isto seria bem mais difícil.
Aconselho porém a mim mesma, moderação nas doses.
Tens 35, "bóta" lá um bocado de sentido. 

segunda-feira, fevereiro 27, 2012

Turning 35

E é isto. Em breve terei 35. Breve que é como quem diz, daqui a umas horas.
E se não faço balanços de fim de ano, faço balancos quando muda a idade, sobretudo de cinco em cinco anos.
Isto para mim não é uma obrigação, mas tornou-se uma evidência ao olhar para trás.
 Aos 20 decidi que ia mudar a minha vida, aos 25 tive o primeiro filho, aos 30 decidi que era tempo de me divorciar e chegados os 35 é tempo de ..... Pois. É isso....
Aos 35 - e isto quando tinha para aí os meus 17 - achei, mas achei mesmo, que aí chegada saberia muito. Não tudo, nunca fui tão tola, mas saberia muito.
Vai daí tropeça daqui, levanta dali, muda aculi, e chegada aos 35 não sei grande coisa.
Sei qual a minha profissão, sei os meus filhos, sei regressar à minha casa. Tirando isso, sei muito pouco.
E sobretudo aos 35 não sei.
E como não sei, vou ali pensar no que me encanta e no que me desencanta para proceder a balanço em conformidade.
Medo da conclusão, honestidade na resposta.