terça-feira, outubro 30, 2012

A vida é bela e às vezes uma merda


Foi o melhor que encontrei. 
Perfeito, perfeito era a visão do balão ser por um canudo.
Ora então reza a história o seguinte.
Corria o longíquo (do tempo dos subsidios) ano de 2010 e o C. (recente namorado, cerca de 10 meses) viu-se a braços com a problemática natalicia, do "afinal o que oferecer aquela jóia de moça, sem parecer muito apaixonado e sem gastar muito dinheiro, mas que satisfaça as expectativas da ocasião".
Vai daí, ofereceu-me uma experiência (juro que é o que diz a caixa, como se a aquisição da box fosse a única forma de almejar tal objectivo) a dois, com estadia e jantar, e uma outra experiência de spa. Ou seja, duas boxes.
E o que aconteceu às boxes?
Lá ficaram, sugaditas.
Como ao tempo trabalhava fora (como aliás continuo) as experiências foram ficando....
Entretanto mudei de casa, e as experiências  mudaram também de residência e por aqui se alaparam, sempre sugaditas.
E o C. a perguntar quando é que eu as ia utilizar. Mas francamente, para quem viaja mais de 300 km de carro todas as semanas, e finalmente adquire a sua casa de sonho, o que eu menos queria ao fim de semana era que me falassem de malas e viagens.
Mas a vida dá muitas voltas, e de tantas que a minha deu, agora estou em modo OFF, de forma que eu e o C. lá decidimos que ia-mos concretizar a experiência.
Pesquisa, escolha, marcação, ansiedade por um fim de semana a dois........................................................e
Tréis, toma lá a experiência por um canudo, que a vida não é assim tão bela, tem calotes como toda a gente e como tal a sua reserva foi cancelada, porque a empresa não paga aos operadores com quem trabalha, e estes, e bem, deixaram de trabalhar e cancelaram as reservas.
Posto este drama (sim, porque para as minhas expectativas isto é um drama) parece que a vida vai ser bela, mas aqui por casa à beira mar plantada.
Escusado será dizer que já vociferei (vicentinamente) por telefone e por e-mail, porque isto de prometerem uma experiência a vida é bela, e depois cancelarem é pior que tirar chupa da boca de criança, sobretudo nos tempos que correm.
No entanto a vida será sempre bela, mesmo sem experiências prometidas, desde que tenhamos a nossa casa, os 5, juntos!
Agora S. Pedro vê lá se não te dá nenhuma ideia asnática, que a malta gosta de chuvinha, mas prefere raios de sol!    

segunda-feira, outubro 29, 2012

Assustador

Não, não sou do tipo de andar pela casa, abrir a porta da rua ou pegar na naifa e atacar o marido que dorme, mas não deixa de ser assustador.
Que eu falo a dormir já sabia, sei-o há muito tempo, porque a minha mãe já mo tinha dito.
Depois o C. também já me tinha falado disso e claro, ri-se a bandeiras despregadas.
Mas agora o C. gravou, e posso dizer-vos que é assustador.
Eu falo mesmo, eu converso, eu construo uma história qualquer que nem me lembro de ter sonhado.
Na primeira gravação andava a vender bilhetes em S. Bento, (repare-se que era depois do meu trabalho e ganhava 700 euros) e nesta última ia apanhar o comboio para a Austrália.
Ora a primeira conclusão a tirar é que sou completamente LOUCA!
A segunda conclusão é que tenho definitivamente uma fixação com estações e comboios (de comboio para a Austrália, em 1872, só mesmo esta mente perturbada). 
A terceira conclusão é que a S. que sou eu a dormir, é uma cavalgadura que não percebe nada de geografia.
Tudo isto para dizer o quê? Basicamente nada, basicamente aquilo que eu já sabia, ou seja, os meus fusíveis pifaram  todos, não só os que me mantêm acordada, como também aqueles que era suposto me concederem um sono revitalizador e tranquilizante.
No meio disto tudo, está explicado porque é que acordo cansada e com a sensação que nunca durmo, que ando 24H sobre 24H, pelo menos de cérebro, que de físico, sou gaja para me alapar no sofá bastante tempo.
Quem quiser dar uma ajudinha aqui "à je", e que não cobre pela consulta, esteja à vontade, que fico muito agradecida.

Já me alembra


Assim que o tempo começou a arrefecer, era quem mais escrevia sobre as vantagens do Outono, a chuvinha, as mantinhas, etc.
Concordo com tudo isso, até porque o Outono e o Inverno têm o seu quê de conforto, casa quentinha, cházinho, (preferencialmente aquele chá que alguns insistem em chamar de Maduro Tinto) mantinhas, mas......, a Primavera e o Verão para mim é que são bons.
Ontem de madrugada caiu-me a ficha. Lembrei-me de qual a razão pela qual o Outono e o Inverno não são de todo preferidos aqui por casa. O M. acordou cheio de febre.
E Outono e Inverno trazem sempre a merda das gripes, do nariz a pingar, da tosse.
É certo que não me posso queixar. O J. e o M. não são putos de apanhar qualquer coisinha que ande no ar. Aliás refiro orgulhosamente, que do alto dos seus 10 e 8 anos nunca tomaram um antibiótico (também nunca comeram no Mc Donald´s), nunca tiveram doenças a sério, graças a Deus.
Já aconteceu várias vezes avisarem da escola que havia um surto disto ou daquilo, e os meus ricos filhos, nada. Nem uma doença, nem uma varicela, nem uma gripe daquelas que bate com força, o máximo de contágio que sofreram foi piolhos, que é chato e desagradável mas não conta como doença.
Assim, hoje eu e o M. vamos ficar por casa, ele com febre mas sempre com óptima disposição (quem olhar para ele não diz que está doente) e eu a consolar-me com mimos.   

sexta-feira, outubro 26, 2012

Sei lá eu



Ora, e a propósito de "gaijas", fiquei a saber que de acordo com o C. de muitas se pode prescindir (mentiroso) mas a senhora ali em cima é um caso à parte, acho até que as palavras precisas foram "a Pamela é outra coisa, eu não posso deixar de ver a Pamela".
Vai daí e ponho-me a pensar, e não, o tema não é a Pamela, é outra coisa que não sei bem explicar, mas posso tentar. Vou tentar.
 Para já acho que depois de determinada idade, já não há estas coisas dos ídolos  isso é suposto ficar na adolescência. Na adolescência toda a gente já teve uma paixoneta, ou várias, por um(a) cantor(a), actor/actriz, modelo, qualquer coisa, mas toda a gente teve, é normal.
Após os (vá lá deixa-me ser um pouquito condescendente) 25, sinceramente acho que não é normal, nem ninguém está para aí virado, e basicamente porque é estúpido, tal como era estúpido na adolescência, mas é uma fase da vida em que se desculpa alguma estupidez devido aos crescimento, hormonas, what ever, mas após os 25 tenho para mim que não.
Este é o ponto 1.
Ponto 2: quem me conhece sabe que não sou nada do tipo moderninho (o que olhando para mim até se poderia pensar), sou mais do tipo conservador, e portanto para mim não há aquela merda do "pessoas com que me podias trair, que eu não me importava e até ia perceber porque são podres de boas e giras".
Para mim essa é questão que nem se coloca.
Claro que se pode apreciar mulheres lindissimas, mas vamos lá ter calma com a forma como se aprecia (e isto dava tema para escrever pelo menos um capítulo de um livro), como se comenta e o que se aprecia.
Aqui chegada passamos para o ponto 3.
A Pamela? A sério? É uma mulher que deve ter mais silicone e botox que o stock de alguns centros de estética e cirurgia plástica, é completamente artificial, é como se fosse uma barbie ao vivo.
Uma Sofia Vergara, uma Charlize Teron, eu até percebia, porque são de facto bonitas, vistosas, bem feitas, elegantes, agora a Pamela????
C R E D O. 
O que nos leva ao ponto 4, ou seja, como é que se pode apreciar a Pamela e dormir comigo.
Não temos qualquer tipo de semelhança, nem física, nem de espécie nenhuma.
Não sou loira, não tenho silicone, não pretendo ter.
Como é que é possível???

A questão é provavelmente estúpida, mas é isto, não tenho mais nada a acrescentar por hoje, sendo que conhecendo esta mente esquizofrénica, com elevado grau de probabilidade, voltarei ao tema.

Assim, se alguma alma caridosa me conseguir esclarecer, desde já o meu sincero agradecimento, ficarei eternamente grata.

PS: O "sei lá eu", não é qualquer pontapé na gramática, mas apenas a forma como o J. responde quando não sabe mesmo.

terça-feira, outubro 23, 2012

Cancel your acount

Ora, e após anos de FB cancelei a conta.
Deixemo-nos de razões elevadas, intelectuais e merdosas, porque a verdade é uma só, cancelei a conta porque esta merda das redes sociais, estava a dar-me cabo da vida.
Não, não fui clonada, não fui vitima de ciberbullying, apenas me tornei demasiadamente atenta ao que se passava no FB.
E desengane-se quem pense que eram os grandes acontecimentos, vídeos, etc, eram mesmo as coisas do C.
Eu estou doente, não estou a brincar.
Mas isto de conhecer o mural do meu namorado à exaustão, todas as publicações, likes e comentários não só no mural dele, mas também os por ele efectuados noutros murais, é de gente doida, doente, como eu.
Era doentio. Aliás não era, é.
É evidente que não estou a eliminar o problema, estou apenas a eliminar uma das manifestações do problema.
O problema é claramente o meu ciúme doentio. Mas eu ainda não estou convencida de que esse seja realmente o problema.
Francamente, que necessidade existe de andar a ver álbuns das fotos e perfis, sempre das mesmas gajinhas, que por acaso até são colegas de trabalho, e que por acaso até foram alvo do nosso interesse (quanto ao presente também achamos que sim, ainda que o interesse seja outro), a sério, expliquem-me!
Eu tenho a mania de medir os outros pelas minhas medidas, e por isso francamente não entendo.
Eu quero lá saber se fulano passou férias em Esposende, ou foi com os amigos ao Pacha.
A sério, eu quero lá saber.
Acho que não tem interesse. Logo se tal facto desinteressante e inócuo motiva uma visita ao perfil, então tem que haver algum interesse.
Estão a perceber a minha lógica?
Se calhar não.
Bem, reduzindo a minha lógica ao minimamente explicável resume-se a: não percebo o interesse no fútil ou vulgar, logo se motiva a visita, algum interesse tem que haver.
E aqui chegados estamos perto do cerne do problema.
Qual é o interesse? E havendo, seja ele qual for, porque é que se nega?
Expliquem-me vá lá.
O que eu queria mesmo era perceber, porque eu não perceber dá cabo de mim, Expliquem-me como se eu fosse normal, respondam ao que pergunto de forma franca, e sem inícios de frase tipo "tu sabes tudo" ou "sei lá", porque dá-me vontade de ir ao focinho e partir as perninhas.
E é isto, ou quase que é isto.

quinta-feira, outubro 18, 2012

Do que me encanta


Bossa Nova, Porque será? Porque tem uma musicalidade na qual mesmo o desalento não deprime. É um fado menos fatal, um samba menos feliz.
Isto para quem não escrevia nada, até me ando a aplicar.

Do desencanto da mentira


É uma verdade quase absoluta. Toda a gente mente. Mas há mentir e mentir. E não, não me vou estender em dissertações estéreis sobre a mentira e a omissão, porque não contar a verdade ou omitir uma verdade que é importante, vai dar no mesmo. Não interessa o modo, interessa a consequência.
Tudo isto para dizer o quê? Para dizer que o que me fode mesmo são as mentirazinhas, as pequenas merdices, omissões ou hipocrisias, essas fodem-me? E porquê? Porque das grandes mentiras, das grandes omissões há defesa. Há reacção. Há o que fazer.
Mas das pequenas, as pequenas são apenas um "cai-mal" (termo que uso com frequência), um mau estar. Então se não é importante porque não se disse a verdade, ou porque é que não se contou. Ou porque é que se pintou o quadro de outra forma?
Isto tudo para dizer o quê? Para dizer nada. Para dizer apenas que toda a gente mente, o que está mal, mas se tiverem que mentir que seja em grande, como arte e engenho, que não seja à tuga, com as suas coisinhas e jeitinhos.
Prontos é esta a minha esquizofrenia de hoje.

quarta-feira, outubro 17, 2012

Da insanidade

É mais ou menos isto. Sem inicio, sem fim, mas em movimento constante. Mas um movimento quieto. Aquele movimento em que o mundo gira, menos tu, tu ficas. Só te levantas para o que tem que ser. São os miudos na escola, o trabalho (algum) que tentas fazer (mas sem sucesso), a comida dos miudos para preparar, o jantar para pôr na mesa.
E no final?
No final a sensação é de que não te mexeste. Não fizeste nada, apenas a força do mundo a girar, tal como o vento leva a folha, te levou a ti também. Não resististe (nem força para isso tens), aproveitaste a força do mundo, o movimento do vento, o motor do carro.
Na realidade passaste o dia quieta. Sempre quieta.
E essa é a tua insanidade, a espiral para o centro de nada, o movimento que nem te arrasta, o ficares quieta sem saber porquê, a não vida mas apenas estado de alerta.
E ficas... assim ... à espera.

terça-feira, outubro 16, 2012

Frankly my dear i don´t give a fuck


Eu adoro este filme. Lembro-me que quando tinha para aí os meus 17 anos, e durante uns largos meses, o via todas as noites com a minha mãe e o meu irmão, sempre ao Domingo à noite.
E depois??? O que é que o Rhett Brutler fez?? Saiu assim?? Nunca mais voltou? Ou será que voltou e perdoou?
Sempre achei que este filme deveria ter continuação. E já imaginei mil continuações (menos, não exageremos).
Mas a dúvida é? Para o que é que ele se está a borrifar? Para a Scarlett? Para o amor que ela diz que afinal sente por ele? Para tudo?
S. menos que neste momento estás a raiar a Crónica Feminina, comentário de fotonovela.
Mas eu sei, claro que sei.
Há momentos após os quais já não interessa, tá feito.
Por isso S., de mim para ti, vão estas sábias palavras: Fuck it! É passado, não o conjugues no presente, deixa ficar. Não és de não querer saber por isso não tentes. Não sejas algo que não és. Diz o que tens a dizer, chora o que tiveres a chorar e depois.... depois deixa ficar. O presente é melhor que esse passado.
Acredita, no final do filme ele voltou para a Scarlett e perdoou, mas a fita tinha acabado, ou alguém se esqueceu de filmar.
Foi esse o final.



segunda-feira, outubro 15, 2012

Do desencanto ao azeiteiro


Se tenho alguma coisa contra a marca??? Não. Até gosto muito. E sou uma pessoa que não percebe nada de moda, mas este modelito é, na minha modesta opinião, ghetto style. Se alguma rapariga saisse à rua assim, "azeiteira" seria o menos que lhe iriam chamar.
Mas, é Adidas, é a Moda Lisboa, tá tudo muito certo, ou como diria a minha rica mãe "tudo o que é moda ponha na minha senhora".
Eu tenho mais com que me chatear, é verdade, mas isto de na mesma altura aparecer este modelito e a J Lo vir ao Pavilhão Atlântico, não me parece coincidência (J-Lo versão anos 90).

(Foto retirada do blog "A pipoca mais doce", do qual gosto muito)

quinta-feira, outubro 11, 2012

Queria.... Quero ....



“Outro dia o meu marido disse-me " olha o que aquela "maluca" me enviou para o tlm..." Uma sms bastante atrevida da parte de alguém que conhecemos os dois. Claro que fiquei curiosa, li imediatamente e fiquei fula com a tipa ...depois quando vi a cara do meu homem comecei às gargalhadas dei-lhe um grande beijo...rimo-nos como uns perdidos sobretudo quando ele disse :"isto apaga-se e não se liga. Com estúpidas não se perde o tempo ! " E se ela insiste ,perguntei eu ...Aí damos-lhe uma resposta ...respondeu ele !!!”
            Queria que este episódio fosse nosso. Queria que a confiança entre nós fosse assim. Mas não é.
            Tu nunca me mostrarias, e se o fizesses eu iria sempre querer saber o que aconteceu para a tipa se sentir tão à vontade para te enviar sms desse género.
            Se confio em ti? Claro que não.
            Se te amo? Sim.
            Como eu queria confiar em ti, e tirar esta angústia de dentro de mim.
            Às vezes parece que ando a morrer devagar.
            Há dias em que tenho saudades tuas, há dias em que nem consigo olhar para ti.
            Há dias em que nem consigo olhar para mim.
            E sabes o que é pior? É eu não me vingar e achar injusto o que fizeste.
            Se calhar o que fizeste é nada, mas para mim foi muito.
Nunca te faria algo sequer parecido, e não armar o escambal dá cabo de mim.
            Ando a prepará-la, ando. Se farei? Não sei, logo se vê. Quem sabe ainda tenho um ataque de bondade e misericórdia. Ou não.
            E eu sei de tanto. E a minha vontade é confrontar-te com tudo, mas tu nunca dizes nada e eu juro que fico com tanta vontade de te ir ao focinho. Mas não vou, sou da paz.
            E fico.
            E fica entre nós este jogo. Tu escondes e eu encontro. Eu a mandar indirectas e tu a fingires que não entendes (às vezes acho que fazes que não entendes), e entre os dias em que não me lembro e aqueles em que não me esqueço, fica este jogo do gato e do rato, até que chegue o dia, aquele em que tu te cansas ou eu expludo, ou aquele em que eu faço um reset. A última possibilidade é altamente improvável.