“Outro dia o meu marido disse-me " olha o que aquela
"maluca" me enviou para o tlm..." Uma sms bastante atrevida da
parte de alguém que conhecemos os dois. Claro que fiquei curiosa, li
imediatamente e fiquei fula com a tipa ...depois quando vi a cara do meu homem
comecei às gargalhadas dei-lhe um grande beijo...rimo-nos como uns perdidos
sobretudo quando ele disse :"isto apaga-se e não se liga. Com estúpidas não
se perde o tempo ! " E se ela insiste ,perguntei eu ...Aí damos-lhe uma
resposta ...respondeu ele !!!”
Queria que este
episódio fosse nosso. Queria que a confiança entre nós fosse assim. Mas não é.
Tu nunca me
mostrarias, e se o fizesses eu iria sempre querer saber o que aconteceu para a
tipa se sentir tão à vontade para te enviar sms desse género.
Se confio
em ti? Claro que não.
Se te amo?
Sim.
Como eu
queria confiar em ti, e tirar esta angústia de dentro de mim.
Às vezes
parece que ando a morrer devagar.
Há dias em
que tenho saudades tuas, há dias em que nem consigo olhar para ti.
Há dias em
que nem consigo olhar para mim.
E sabes o
que é pior? É eu não me vingar e achar injusto o que fizeste.
Se calhar o
que fizeste é nada, mas para mim foi muito.
Nunca te faria algo sequer
parecido, e não armar o escambal dá cabo de mim.
Ando a
prepará-la, ando. Se farei? Não sei, logo se vê. Quem sabe ainda tenho um
ataque de bondade e misericórdia. Ou não.
E eu sei de
tanto. E a minha vontade é confrontar-te com tudo, mas tu nunca dizes nada e eu
juro que fico com tanta vontade de te ir ao focinho. Mas não vou, sou da paz.
E fico.
E fica
entre nós este jogo. Tu escondes e eu encontro. Eu a mandar indirectas e tu a
fingires que não entendes (às vezes acho que fazes que não entendes), e entre
os dias em que não me lembro e aqueles em que não me esqueço, fica este jogo do
gato e do rato, até que chegue o dia, aquele em que tu te cansas ou eu expludo,
ou aquele em que eu faço um reset. A última possibilidade é altamente
improvável.
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