quarta-feira, outubro 17, 2012

Da insanidade

É mais ou menos isto. Sem inicio, sem fim, mas em movimento constante. Mas um movimento quieto. Aquele movimento em que o mundo gira, menos tu, tu ficas. Só te levantas para o que tem que ser. São os miudos na escola, o trabalho (algum) que tentas fazer (mas sem sucesso), a comida dos miudos para preparar, o jantar para pôr na mesa.
E no final?
No final a sensação é de que não te mexeste. Não fizeste nada, apenas a força do mundo a girar, tal como o vento leva a folha, te levou a ti também. Não resististe (nem força para isso tens), aproveitaste a força do mundo, o movimento do vento, o motor do carro.
Na realidade passaste o dia quieta. Sempre quieta.
E essa é a tua insanidade, a espiral para o centro de nada, o movimento que nem te arrasta, o ficares quieta sem saber porquê, a não vida mas apenas estado de alerta.
E ficas... assim ... à espera.

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