sábado, abril 27, 2013

Esta, sou EU!

"Foi como entrar,
foi como arder,
para ti nem foi viver.
Foi mudar o mundo,
sem pensar em mim...
Mas o tempo até passou,
e és o que ele me ensinou.
Uma chaga pra lembrar
que há um fim. (...)

(...)Diz sem querer poupar meu corpo,
eu ja não sei quem te abraçou.
Diz que eu não senti,
teu corpo sobre o meu.
Quando eu cair,
eu espero ao menos,
que olhes para trás.
Diz que não te afastas
de algo que também é teu...

Não vai haver um novo amor,
tão capaz e tão maior.
Para mim será melhor assim.
Vê como eu quero,
eu vou tentar
sem matar o nosso amor,
Não achar que o mundo é feito para nós.
(...)
Foi como entrar,
foi como arder.
Para ti nem foi viver,
foi mudar o mundo sem pensar em mim.
Mas o tempo até passou,
e foste o que ele me ensinou,
uma chaga pra lembrar que há um fim ....

"Vão dizer que são tolices....


mas tudo o que eu sei não dá pra disfarçar, dessa vez (e de outras) doeu demais" (...)...

sexta-feira, abril 26, 2013

"But remember this, every other kiss...

 
that you ever give, bouth as we bouth live....(...) i will wait for you, like i always do (...).
You were far, ....When i could have been you star, you listen to people (bitches)....strange that i was wrong enough to think you loved me too, you must have been kissing a fool (...)............

quinta-feira, abril 25, 2013

SEMPRE,

 
um 25 de Abril que  um dia se irá cumprir...
Longe vai o tempo em que o meu amor era tal..... Não era tal. Era um amor sem explicação, um amor cá dentro, um amor sentido. Um amor feito.
Era um amor tão feito, tão instruido que aos 17 anos, este amor pela Democracia, pela Liberdade, pela Igualdade respeitada, me fez colecionadora de memórias, de factos.
Guardei os jornais do dia de 74, guardei os relatos dos Capitães de Abril, escritos para mim, na primeira pessoa.
Guardei o estudo, a análise, as músicas....
Mas guardei dentro de mim sobretudo esta esperança e inquietação.
A esperança de que um dia seremos todos livres e iguais (sem Golden Sachs, FMI, e o c***** que os f***** a todos).
Seremos um país e um mundo, com espaço para todos e cada um.
Utopia???? Who cares???
Com um cravo na lapela, com  amor pelo meu igual no coração, chegarei lá....
E se nao chegarmos todos, chegarei eu e os meus, no meu pedaço de mundo e de realidade em que o 25 de Abril é cumprido, por mim, todos os dias, sempre que posso.

quarta-feira, abril 24, 2013

Passaram 10 anos,

e eu sei exactamente onde estava há 10 anos atrás.
Estava na Pré Natal do Arrábida Shopping a comprar a cadeira auto para o J.
O telemóvel tocou,e eu gelei, antecipando a noticia.
Do outro lado ouvi "X. o teu pai morreu". Respondi: "OK"
O M. perguntou o que se tinha passado, e a empregada da loja à minha frente, respondi: " o meu pai morreu. E essa cadeira, pode pagar, venha comigo ao carro para a montar em segurança".
Lembro-me da cara dela, saltaram-lhe as lágrimas, pela minha frieza, e eu nada disse, o M. só olhava para mim, e eu respondi: "Anda lá que tenho assuntos para tratar".
Foi o primeiro dia que conduzi o ML todo o dia.
 Foi o primeiro dia que o J. ficou no infantário todo o dia.
Tratei de tudo com a minha mãe e com a Ana.
Não te reconheci.
Não eras tu. Estavas inchado, sem as feições que eu conhecia, não eras tu.
Flores, telefonemas, flores, igreja, preparativos, conversas, avisos, e parecia que ouvia tudo em eco, como se eu não estivesse ali.
Pedi ao M. para ficar com o J. enquanto ia à igreja e estava com a minha mãe. a Ana, e os que ia aparecendo.
Devo me ter rido (há sempre um momento de gargalhada incontrolável em todos os funerais) mas não me lembro.
Lembro-me do dia 25 de Abril de 2003, a missa à qual não passei bilhete. Entrei no jipe, o M a conduzir, e ali perto da passagem de nível de Mira tive que dizer para parar e para eu sair.... E era uma dor tão forte, uma dor apertada, um grito contido, um revolver de entranhas, um choro tão desesperado, que ainda hoje consigo sentir essa dor, esse aperto no peito que me fez querer vomitar.
E o M. do alto da sua (in)sensibilidade  a única coisa que me disse, foi " se era para chorares, era escusado ter parado".
Claro que era. Era até escusado ter chorado, era até escusado ter sofrido, era até escusado sentir a falta do meu PAI.
M. sempre foste um filho da puta, um cabrão tão grande, que nem a dor da minha dor soubeste perceber.
Fomos para o Porto, ali para os lados de Campanhã, e o Fernando Sousa foi cremado, de acordo com o seu desejo.
No dia seguinte (26) acordei e fui à Aguda ao supermercado.
Disse-me a Nanda: "Nunca pensaste que te doesse tanto."
É verdade, nunca pensei.
Nesse dia, junto ao mar, senti as tuas cinzas e ossos entre os dedos...
Sabes o que nunca mais senti?
As tuas mãos fortes a agarrarem as minhas.
O som da tua voz a dizer "prenda-a bem, que ela solta-se, com amarras".
Sabes do que tenho mais saudades pai?
De te poder chamar e esperar para me tratares as feridas nas mãos e nos joelhos, de sentir  (e se me puno por isso...) que eras o meu preferido, que gostava mais de ti do que gostava da Mãe.
A sério, dava um  braço para que me voltasses a dar o estalo que (sem razão) me deste no "Bar Isto".
Dava o outro braço, para que na nossa ultima conversa me dissesses que me amavas, que eu era a tua Xu, Dava um braço, para que a tua ultima conversa não fosse a absoluta ignorância da minha vida: que eu já tinha acabado Direito na Católica e que o João era o meu filho, o meu amado, filho!!!!!
Dava tanto por mais 30 minutos ....

Da silvina

que se chama Rita e morreu.
Não conhecia o seu blog, cheguei lá hoje através da Kitty Fane do amorumlugarestranho.blogspot.pt, e fiquei triste.
Não a conheci antes, mas do que li, do que deixou de si nos seus posts, percebi que era Mulher. Mulher que mesmo sofrendo, mesmo a doer, tem um sorriso, uma palavra, um gesto, um desabafo, um agrado.
Mulher que sabe ser digna.
Soubessem todas. Saberei eu?
E já não é a primeira vez que vou ter ao local virtual (ou não) de alguém que já partiu....
E fica um desconforto.
Pode parecer parvo, mas fico com a sensação que entrei numa casa sem bater à porta. Que indelicadeza.... Mais, que falta de educação....
É estranho, desconfortável ....
Por isso, egoistamente pensei "não esquecer de deixar e-mails e passwords, não vá o diabo tecê-las"....

O

termina as nossas frases, as nossas pesquisas.
É possivel desactivar, mas dá uma certa segurança. A mesma que desejamos no dia-a-dia. Que exista alguém tão próximo, e que nos conheça tão bem, que seja capaz de terminar as nossas frases.
Melhor. Que seja capaz de antecipar os nossos pensamentos.
E ontem o google assutou-me.
Eu, feita estúpida, fui consultar o google como quem consulta um médico.
E se encontrei algo????
Claro que sim. O google nunca fica em branco.
Mas procurar no google respostas para a medicina, é como ir ao café procurar a resolução de problemas jurídicos.
De ambos saímos com um bitaite, mas que de longe se parece com uma resposta fundamentada.
Mas há bitaites que tocam umas sinetas cá dentro.
E esse bitaite tocou os sinos todos.
E se fôr como diz o google?
Se fôr como diz o google a gente resolve. Mas, e se não fôr???
Bem... resolve-se também. Com mais lágrimas, mais preparativos, mas também se resolve.
E é isto, google, dúvidas e algumas lágrimas....

sexta-feira, abril 19, 2013

"Que eu chegue cedo um dia e seja tarde demais....."

 
Não Laidita, este fado, não foste tu que me ensinaste.
 
Quer dizer, ensinaste-me a música, mas a minha mãe ensinou-me a letra, ensinou-me o significado dessa letra para nós, e, porque o destino sempre adorou gozar com a minha cara, aprendi sozinha o que a letra significa na sua essência.
 
Reza a história da nossa familia, que o meu bisavô materno, homem de inenarrável inteligência e cultura (leu a enciclopédia "Os Mileniums " - acho que foi o único - construiu sozinho uma torrefação de café e era ele quem fazia os chapéus com carteiras a condizer para todos os filhos - e eram muitos- 8) com esforço, dedicação e autoridade, chegou a chefe da Estação CP da Granja.
 
Era respeitado por todos, mesmo pelos fidalgos, que gostavam de calcar o risco, mas sabiam que com o Sr. Jalles não era possivel.
 
A minha bisavó Olinda era mulher de rara beleza (e segundo me conta a minha mãe, um sentido de humor do best), tão rara que o meu bisavô a proibia de sequer ir à janela, e se ela gostava de ir à janela, conversar com quem passava.
 
A vida deu-lhes 8 filhos (e outros tantos abortos nos intevalos) e a minha bisavó, não obstante a beleza e sentido de humor, foi ficando com o corpo marcado, as pernas inchadas....
 
O meu bisavô Jalles com toda a sua cultura, trabalho e maneira de ser, chegou a chefe da Estação CP da Granja.
 
E.... reza a história que moravam no primeiro andar por cima da estação.
 
À estação iam diversas pessoas, como é normal, incluindo uma senhora feia e ignorante que ia "despachar" as flores. Vinha de Serzedo a pé, e em dias de chuva, chegava à estação da Granja ensopada.
 
Tão ensopada que a minha bisavó, um dia, a convidou a subir à sua casa para tomar um chá para se aquecer.
 
E nesse dia, em que a convidou, a minha bisavó soube que era a amante do meu bisavô!
 
E como?
 
Fácil. A minha bisavó estava no cimo das escadas à espera que aquela mulher subisse, e o meu bisavô nos rés do chão. Mas quando aquela mulher subiu as escadas o meu bisavô olhou na sua direcção.
 
Ora um cavalheiro como ele, nunca o faria, a menos que fosse intimo, porque se olhasse poderia ver-lhe as pernas, e um cavalheiro, um senhor casado, nunca o faria.
 
Foi assim, com este pormenor que a minha bisavó descobriu.
 
A minha bisavó esperou que eu nascesse para morrer.
 
O meu bisavô morreu tinha eu quatro anos, mas lembro-me bem de o ter visitado na casa da sua amante, numa cama enconstada à parede, num quarto pintado de verde água, e com a tal amante, que nem sabia dizer frigorífico (era friforifro).
 
Reza ainda a história, que aquilo não era amor, foi bruxedo, levantado na missa, no momento entre o levantar da óstia e o lavantar do cálice. Para toda a vida, sem ser possivel desfazer.
 
Reza a história, a minha, que herdei a desconfiança da minha bisavó, e que sempre descobri as traições, e já foram tantas...
 
Só ainda não fui capaz de dizer "meu amor não venhas cedo".
 
Impõe a minha lealdade terminar, antes de cometer qualquer erro, nomeadamente o de quem me trai.
 
Reza a minha história que um dia este fado não será meu, que será apenas uma história de familia....
 


quarta-feira, abril 17, 2013

Como? De um Adeus que é um até já.....

"Como é que se esquece alguém que se ama? Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver? Quando alguém se vai embora de repente como é que se faz para ficar? Quando alguém morre, quando alguém se separa - como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já lá não está?
As pessoas têm de morrer; os amores de acabar. As pessoas têm de partir, os sítios têm de ficar longe uns dos outros, os tempos têm de mudar Sim, mas como se faz? Como se esquece? Devagar. É preciso esquecer devagar. Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre. Podem pôr-se processos e acções de despejo a quem se tem no coração, fazer os maiores escarcéus, entrar nas maiores peixeiradas, mas não se podem despejar de repente. Elas não saem de lá. Estúpidas! É preciso aguentar. Já ninguém está para isso, mas é preciso aguentar. A primeira parte de qualquer cura é aceitar-se que se está doente. É preciso paciência. O pior é que vivemos tempos imediatos em que já ninguém aguenta nada. Ninguém aguenta a dor. De cabeça ou do coração. Ninguém aguenta estar triste. Ninguém aguenta estar sozinho. Tomam-se conselhos e comprimidos. Procuram-se escapes e alternativas. Mas a tristeza só há-de passar entristecendo-se. Não se pode esquecer alguem antes de terminar de lembrá-lo. Quem procura evitar o luto, prolonga-o no tempo e desonra-o na alma. A saudade é uma dor que pode passar depois de devidamente doída, devidamente honrada. É uma dor que é preciso aceitar, primeiro, aceitar.
É preciso aceitar esta mágoa esta moinha, que nos despedaça o coração e que nos mói mesmo e que nos dá cabo do juízo. É preciso aceitar o amor e a morte, a separação e a tristeza, a falta de lógica, a falta de justiça, a falta de solução. Quantos problemas do mundo seriam menos pesados se tivessem apenas o peso que têm em si , isto é, se os livrássemos da carga que lhes damos, aceitando que não têm solução.
Não adianta fugir com o rabo à seringa. Muitas vezes nem há seringa. Nem injecção. Nem remédio. Nem conhecimento certo da doença de que se padece. Muitas veiezes só existe a agulha.
Dizem-nos, para esquecer, para ocupar a cabeça, para trabalhar mais, para distrair a vista, para nos divertirmos mais, mas quanto mais conseguimos fugir, mais temos mais tarde de enfrentar. Fica tudo à nossa espera. Acumula-se-nos tudo na alma, fica tudo desarrumado.
O esquecimento não tem arte. Os momentos de esquecimento, conseguidos com grande custo, com comprimidos e amigos e livros e copos, pagam-se depois em condoídas lembranças a dobrar. Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar.

Miguel Esteves Cardoso, in 'Último Volume'"
 
Pois é Vó, explica lá como é que se faz.....
Quando perguntei à minha mãe como é que era a dor do parto disse-me :" é uma dor apertada".
É verdade. Dos meus dois filhos o que senti foi uma impressão apertada (o J. de parto normal sem epidural foi mesmo uma impressão apertada), mas a dor apertada não é nos partos, é nas partidas.
Foi o que senti na ida do meu pai para o cemitério, foi o que senti com o Zeca, e foi o que senti contigo na Igreja, uma dor apertada.... uma dor que nos faz sentir que todas as entranhas nos vão sair pela boca, mas por mais contracção que se faça do diafragma, não sai nada.... Só lágrimas,  e raiva, e dor, e uma dor que não é de sitio nenhum (tudo está anestesiado)  e não cabe em sítio nenhum....É uma dor da alma, uma dor de dentro do peito.
E agora Adelaide o que é que eu faço?
Já enchi a minha casa com as tuas fotos, já percorri as minhas lembranças e a tua voz....
Quem me vai cantar a canção do mar? Quem me vai trazer os biscoitos que o vô zeca trazia do Porto?
Quem me vai cantar "o mar enrola na areia ..." ou "naquela linda manhã..."? É que foi contigo que aprendi a gostar de fado " tudo isto existe, tudo isto é triste, tudo isto é fado".
Quem vai insistir para eu aprender (nomeadamente costura, e o máximo que consegui foi fazer cordeis de liga) porque quem não sabe fazer não sabe mandar?
Quem me vai dizer que o almoço é bacalhau frito com arroz de bacalhau?
A sério Lailita, diz lá, quem vai arrumar a tenda que eu e Ninu fizemos com o guarda sol laranja e vermelho e cheio de toalhas de praia presas com molasda roupa e almofadas com rosas vermelhas de estampado a servirem de decoração interior?
Diz-me quem é que nos vais pedir para ir ao pão, e depois à couve, e depois à fruta, tudo na meia hora antes e depois do lanche preparado com requintes dos fidalgos da Granja?
Quem é que vai contar as histórias desses fidalgos e dos vestidos que costuraste com modelos de revista, alinhabos de amor e alfinetes de brio?
A sério Laidinha, quem?
Passou um mês e uma semana. Tempo demais e tempo de menos.
É preciso eu andar de memória em memória.....

sábado, abril 13, 2013

E com esta me despeço

é xunga? É. Mas ao menos, de mim,  foi verdade...

E no final....

no final não sobra nada. nem uma imagem..... as imagens significam algo demonstrável.... mas quando é mesmo o fim, não há sequer imagem que traduza o que se sente.
Às vezes acho que seria melhor ter-te aqui, quanto mais não fosse para te desancar de desamor, de  dor, de raiva, de dor, de mágoa, de angustia, de dor, mais uma e outra e vez, até me cansar....
Mas não, é melhor assim. Tu nada  dizes e eu não te posso desancar...
É mais justo?
Claro que não. Justo seria eu bater-te até à exaustão, até sair da minha garganta o nó, este nó, que não permite nem rir, nem chorar, nem gritar, nem nada, este nó que apenas me deixa amorfa. sossegada demais para ser eu.
E fico.
Quieta no meu canto, até que lembrando-me de ti não sinta nada, nem vontade de te bater...
E urge pensar. Até quando? Quanto mais tempo, quanto mais, até me curar.....

terça-feira, abril 09, 2013

Ultimo desejo

 
"perto de você me calo, tudo penso, nada falo, tenho medo de chorar"

segunda-feira, abril 08, 2013

O tempo, esse gajo...

que constantemente nos atormenta.
Queremos mais ou menos tempo, de acordo com a circunstância, queremos que passe devagar ou depressa de acordo com o momento, e às vezes, naqueles momentos perfeitos, até desejamos que pare, que fique assim...
Mas o tempo não pára. Nunca.
Hoje não é igual a ontem, mas nós somos a soma de todos os tempos.
Dos tempos passados depressa, dos que passaram devagar, dos momentos em que desejámos que o tempo parasse.
Mas eu, hoje, sou sobretudo a soma dos tempos chorados. Dos tempos que desejei que passassem depressa, e que, sem eu dar conta nunca passaram. Carrego-os todos, sem esquecer nenhum.
E isso é mau.
Porque para avançar no tempo, é preciso deixar o tempo passado no devido pretérito, e não no presente.
Mas eu não sou assim.
Sou de dificil perdão, e de ainda mais dificil esquecimento.
Carrego todos os acontecimentos e todas as dores.
Também os risos, mas nesses nem penso, porque assim devem ser, lembro-me sobretudo do que não deve ser.
Não reparo em tudo o que está no devido lugar, mas reparo de imediato na fotografia que não está exactamente como a coloquei.
E por isso Sr. Tempo, dê-me tempo, e peço ao seu binómio, que me dê espaço.
Tempo e espaço, para me reerguer, para me encontrar, para esquecer, mas sobretudo tempo e espaço para cuidar de mim, da minha alma.
É isso. Tempo e espaço...